Renda Fixa – em que momento estamos? (ou essa é a hora do pré?)

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A renda fixa não é fixa. Ela flutua, principalmente se for indexada à inflação ou pré-fixada, e, em qualquer desses dois indexadores, quanto mais longa for (chamamos de duration alta), maior é o risco de mercado, ou a flutuação do preço unitário do papel. E são essas flutuações que os investidores buscam para aproveitar.

O movimento que estamos de olho nesse momento é o “fechamento das taxas de juros”. Esse evento acontece após um pico de taxas de juros mais altas que atinge seu objetivo, o controle da inflação, que levou a autoridade monetária do Banco Central – o Copom –, a subir a taxa de juros. Ou seja, imaginando a flutuação da Selic, temos o seguinte:

Estamos no final do ciclo de alta. Estamos no momento finalizando o ciclo de alta, e os agentes de mercado esperam (pesquisa Focus do Bacen) a Selic em 13,75% ao final de 2022 – exatamente o patamar no qual a Selic se encontra hoje. Logo, estando certa essa previsão, tivemos a última alta de 0,5% na Selic na primeira semana de agosto e, agora, a taxa será mantida nesse patamar até que a taxa de inflação – medida pelo IPCA – convirja para a meta.

Em compasso de espera por um IPCA menor. Boa parte de nós, analistas e outros agentes de mercado, ficamos esperando a queda da inflação por alguns meses e nada dela ceder. É verdade que estímulos externos no 1º semestre seguraram a inflação em patamares elevados de dois dígitos. Mas também é verdade que os juros nos patamares que agora se encontram devem fazer efeito, resfriando a economia e contendo o ímpeto inflacionário – conforme sinalizado pela deflação no IPCA de julho. Usualmente, os economistas falam em atraso de 6-9 meses entre a alteração do nível de juros e seu impacto na economia. Há 7 meses, em janeiro, tínhamos uma Selic m 9,25% (beirando os dois dígitos e vindo de 2% no início de 2021). Ou seja, já estamos sob efeito de um patamar alto nesse momento.

Em se concretizando a baixa da inflação, os pré-fixados tenderão a brilhar. O pré-fixado tem ganho acelerado em momentos de fechamento de curva, pois o preço sobe para ajustar taxas de juros altas que irão a novos patamares mais baixos. E esse movimento traz retornos expressivos, bem acima das taxas inicialmente contratadas do pré-fixado no momento de entrada do investidor no instrumento. Os instrumentos de inflação tenderão a ter rendimentos menores (com duration curto) em função da queda da inflação. Por fim, após o ajuste da inflação, espera-se que o Bacen reduza a Selic a patamares mais baixos, condizentes com uma inflação mais comportada. Nesse segundo momento, o pós-fixado perderá seu interesse.

O principal risco desse cenário é a demora da queda da inflação e a manutenção da Selic a patamares altos. Nesse caso, o pré-fixado entregará, na média, aquilo que o investidor já estava esperando.

Avalie sua carteira de renda fixa e veja se há um componente em pré-fixado em boa quantidade. Se já estiver com uma quantidade adequada ao seu perfil de risco, parabéns! É só aguardar o ciclo acontecer. Agora se estiver com pouco ou nenhum pré-fixado na carteira, busque seu assessor financeiro e veja os melhores instrumentos em pré-fixado que existem no mercado à sua disposição. Seu AAI fará esse trabalho para você.

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