Bitcoin: liberdade financeira ou a moeda do futuro?

Foto de uma pessoa colocando o Bitcoin (BTC) no bolso. Representa o principal dos criptoativos

O Bitcoin (BTC) já tem mais de 14 anos de existência. Seus criadores até hoje vivem no anonimato, e, desde então, a moeda digital apresentou valorização, impactando bancos e corretoras. Seria mesmo o Bitcoin a substituição das moedas fiduciárias?

Com o posto de principal criptomoeda de todo sistema de criptoativos, o Bitcoin (BTC) foi desenvolvido com o único propósito de ser uma moeda totalmente descentralizada, e tirar a centralização do poder bancário sobre os usuários. Até hoje ninguém sabe quem é o criador dessa inovação financeira, podendo ser até mesmo um grupo de pessoas. A verdade é que a comunidade atrela o nome do criador ao pseudônimo Satoshi Nakamoto.

“O Bitcoin foi criado para ser um peer-to-peer, um ponta a ponta para que as pessoas pudessem enviar recursos para outras com mais facilidade. Isso acabou mudando ao longo do tempo, e muita gente já enxerga como reserva de valor para o longo prazo, embora tenha grande volatilidade”, explicou o analista da Benndorf Filipe Borges.

Um dos principais motivos que fazem do Bitcoin único e justificam seu valor é a escassez. Desde o whitepaper – documento publicado por Satoshi Nakamoto –, já é conhecimento de todos do mundo cripto que existem apenas 21 milhões de Bitcoins.

“Além disso, o Bitcoin é visto como excelente meio de pagamento. Diversas empresas já utilizam a principal criptomoeda como um dos meios de pagamento, convertendo para moeda fiduciária ou até mesmo por uma stablecoin”, acrescentou Filipe.

Junto com o Bitcoin, a popularidade de um termo que já possuía o conceito definido em 1991 voltou à popularidade: blockchain. O Bitcoin usa um código e é imutável, e todas as transações são criptografadas para segurança. Cada transação é verificada por uma equipe de indivíduos, conhecidos como mineradores, usando computadores, que então registram essas transações nessa malha de criptografia para manter a segurança do sistema.

“Blockchain nada mais é do que um livro razão, onde são registradas todas as transações realizadas no mundo cripto. Então, toda transferência que ocorrer em uma exchange ou para outras carteiras são registradas na blockchain. Esses dados ficam armazenados eternamente nessa malha criptografada, levando transparências para os usuários”, explicou Filipe.

Ademais, é importante lembrar que o Bitcoin é a única moeda do mundo cripto que provou ter alta segurança. Desde o surgimento, hackers já tentaram derrubar o BTC e nunca conseguiram. Tudo isso é devido à série de validações nas transações.

Ciclos do Bitcoin

O minerador que descobrir um novo bloco que contenha Bitcoin recebe uma recompensa, frações de um BTC.

Está planejado que esse pagamento seja reduzido em 50% a cada 210 mil blocos, ou aproximadamente a cada 4 anos. Em outras palavras, a recompensa para os mineradores de BTC cai nesse intervalo de tempo, chamado halving. 50 Bitcoins foram criados para cada bloco descoberto nos primeiros anos do Bitcoin, entre 2009 e 2012, gerando 7.200 novas moedas diariamente.

Apesar de tudo ser transparente, seguro e contar com países que já adotaram a criptomoeda como moeda oficial, atualmente, o Bitcoin passa por momentos de instabilidade. Esse período é conhecido por “inverno cripto”, momento em que as pessoas deixam de acreditar nos criptoativos devido à alta volatilidade.

“Enxergo o Bitcoin como reserva de valor, não como um substituto das moedas fiduciárias, justamente pela volatilidade. Para isso, existem as stablecoins, que são criptomoedas atreladas, em sua maioria, ao dólar”, explica Filipe Borges.

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