Apareceu no WSJ: Após semana difícil para os criptoativos, investidores se perguntam o que vem por aí

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Os criptoativos estavam com toda a força em 2021. Nesta semana, eles desabaram.

A reviravolta começou no domingo à noite. Uma das maiores plataformas bancárias de criptos, Celsius Network, anunciou inesperadamente aos clientes a suspensão de todos os saques, permutas e transferências entre contas devido às condições extremas de mercado.

Os clientes da Celsius entraram em pânico, e gente com dinheiro em outras plataformas de criptoativos começou a se questionar se seriam os próximos.

A ansiedade espalhou-se rapidamente. Os preços do Bitcoin e do Ether despencaram cerca de 15% na segunda-feira (13) e continuaram em queda ao longo da semana, acumulando-se ao declínio que já os atormenta o ano inteiro. Os ativos digitais caíram 54% e 70%, respectivamente, até esta sexta-feira (17), de acordo com dados da CoinDesk.

Na quinta-feira (16), a Coinbase, maior exchange de criptomoedas dos EUA, anunciou o corte de cerca de 18% dos funcionários. Em carta, o diretor-executivo, Brian Armstrong, disse que a companhia cresceu muito rápido e que uma potencial recessão “poderia levar a outro inverno cripto”.

Duas outras empresas proeminentes de criptoativos, Crypto.com e BlockFi, também anunciaram demissões em massa.

“Agora, está uma droga”, exclamou Jeff Dorman, CIO na Arca, empresa de investimentos em ativos digitais. “As empresas estão demitindo pessoas, a atividade está em queda, as criptos estão voltando a ser a chacota de Wall Street”.

A semana difícil para as criptos acontece paralelamente a um tumulto mais amplo no mercado. O Federal Reserve está tentando domar a maior inflação em décadas, e anunciou nesta semana o maior reajuste da taxa de juros desde 1994. Embora a questão sobre se os EUA vão entrar em recessão esteja longe de ser resolvida, muitos investidores temem que as taxas de juros mais altas levem o país nessa direção. Tais preocupações empurram as ações para baixo ao longo do ano, e o S&P 500 entrou em bear market nesta semana.

Nos criptoativos, o mercado está contando tanto com as mudanças dramáticas das condições macroeconômicas quanto com a queda no interesse dos investidores. Taxas mais altas tornam investimentos especulativos como as criptos menos interessantes, visto que os investidores podem achar outras opções para obter retornos. Os problemas da Celsius também poderiam acelerar uma repressão regulatória nos bancos de criptos, o que poderia ampliar a queda dos preços dos ativos.

Bancos de criptos como a Celsius aceitam depósitos de criptoativos dos clientes e emprestam a outros usuários, como formadores de mercado e exchanges, para obter retorno. A Celsius também aloca fundos de clientes em projetos de finanças descentralizadas de alto risco para obter retorno. DeFi, como é conhecido, é um tipo de sistema financeiro paralelo para criptoativos, com a própria versão de bancos e empréstimos.

Investidores individuais foram atraídos para a Celsius porque a companhia pagava aos clientes rendimentos percentuais anuais de até 18,6% em depósitos de criptomoedas – muito mais do que conseguiriam obter num banco tradicional. Mas o que muitos estão percebendo apenas agora é que, embora companhias de cripto como a Celsius pareçam com bancos de certa maneira, elas carecem da proteção legal construída sobre o sistema financeiro tradicional.

Em abril, a Celsius parou de oferecer contas com juros para investidores “não-creditados”, ou aqueles que não se enquadram em uma renda mínima, após pressão de reguladores.

Em fevereiro, a BlockFi, concorrente da Celsius, pagou US$ 100 milhões para acalmar reclamações de que seu produto violava as leis de proteção ao investidor, o maior acordo já aceito por uma companhia de criptomoedas, disseram funcionários da Securities and Exchange Commission à época. A empresa não admitiu nem negou irregularidades.

Na quinta-feira (16), o Conselho de Valores Mobiliários do Estado do Texas disse que abriu uma investigação contra a Celsius sobre a decisão de congelar contas de clientes. O conselho está trabalhando em conjunto com os de Nova Jersey, Kentucky, Alabama e Washington.

“Os reguladores já estão de olho no espaço – eles provavelmente vão se movimentar ainda mais rápido agora”, disse Frank Downing, analista na ARK Investment.

“O sentimento do mercado está bem, bem deprimido aqui”, acrescentou Downing. “Dado o contexto macro, não descartamos outro leg down”.

Dorman, CIO na Arca, disse que sua empresa está mantendo um saldo de caixa mais alto, mas não está com medo de aplicar dinheiro em boas oportunidades.

“Como investidores de longo prazo, estamos procurando por coisas que, nos próximos 12 a 36 meses, estarão performando significativamente melhor do que hoje”, afirma.

 

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Versão em português por Isabela Jordão. Baseado no texto originalmente escrito por Vicki Ge Huang para o The Wall Street Journal.

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