Além do retorno do nome para Ministério da Fazenda, como era chamado o Ministério da Economia até 2018, a equipe de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estuda dividir a instituição em três, sendo desdobrada em Ministério da Fazenda, Ministério do Planejamento e Ministério da Indústria e Comércio.
“A ideia é não concentrar mais em uma só pessoa todas as pautas econômicas, criando assim a figura de um superministro, como no caso do Paulo Guedes”, afirma Beto Saadia, planejador financeiro e especialista em alocação e fundos de investimentos da BRA BS/.
Segundo Beto, ter um representante para cada ministério é uma maneira de facilitar a interlocução com setores privados, empresários e governadores de Estado.
O ministério da Economia, que engloba no governo Bolsonaro os três ministérios a serem recriados, teve “uma visão mais liberal e financeira da realidade”, de acordo com Rodrigo Correa, estrategista de investimentos da BRA BS/, “atuando de forma mais direta nas variáveis macroeconômicas em vez de ações mais pontuais e especificas por setor.”
A principal mudança prática, para o time de economia da XP Asset, é que o governo volta a ter possibilidade de possuir ministros com pensamentos diferentes em cada uma dessas pastas.
“O começo do governo FHC, por exemplo, teve Malan na Fazenda e Serra no Planejamento. O primeiro governo Lula teve Palocci na Fazenda e Mantega no Planejamento. Assim, o papel de árbitro das disputas de ideias entre os ministros fica com o presidente”, afirma a casa de análises.
Funções
O Ministério da Fazenda cuida da formulação e execução da política econômica. Também é responsável pelas contas da União, através da Secretaria do Tesouro Nacional. Além disso, trata de questões relativas ao imposto de renda, por meio da Receita Federal.
O Ministério do Planejamento, como o próprio nome revela, é encarregado de planejar e coordenar as políticas de gestão da administração pública federal, a fim de disponibilizar fundos para projetos de governo federais e estaduais. É desse ministério, por exemplo, que saem programas federais de investimento de todos os tipos.
Já o Ministério da Indústria e Comércio possui o papel de promover o desenvolvimento industrial do país, contribuindo para o crescimento econômico por meio da intensificação do comércio exterior e do fortalecimento do mercado interno.