O PMI Composto dos EUA ficou estável em 50,7 na prévia de novembro. O resultado é consequência da alta de 0,2 ponto no PMI de Serviços (50,8), que atingiu a máxima de 4 meses, e queda de 0,6 ponto no PMI Industrial (49,4), que voltou para patamar contracionista e atingiu a mínima de 3 meses.
Os novos pedidos voltaram a crescer após 3 meses, impulsionados pelo setor de serviços, mas com a estagnação da demanda por bens o ritmo de crescimento foi apenas marginal. Ao mesmo tempo, os novos pedidos de exportação cresceram pela primeira vez desde julho à medida que os fabricantes registraram uma expansão das vendas para os clientes internacionais.
Em novembro, as companhias americanas reduziram o número de funcionários pela primeira vez em quase três anos e meio. O emprego entrou em território contracionista após a primeira redução na força de trabalho do setor de serviços desde junho de 2020. Por outro lado, a indústria computou o segundo mês seguido de redução.
Algumas empresas afirmaram que as condições relativamente deprimidas de demanda e pressões de custo elevadas causaram as demissões, enquanto outras
relataram que as contratações estavam pausadas em meio às margens reduzidas.
Além disso, as pressões sobre as margens diminuíram já que as companhias aumentaram os preços de venda em ritmo mais acelerado apesar da inflação de custos ter desacelerado pelo segundo mês consecutivo. Os preços de insumos continuaram avançando, mas no ritmo mais lento desde outubro de 2020 e abaixo da média da série histórica.
Segundo as empresas, os custos mais baixos da energia e das matérias-primas , bem como a redução da força de trabalho contribuíram para conter
os aumentos nos preços de venda.
Por último, as expectativas menos otimistas para os próximos 12 meses pesaram sobre a confiança dos negócios. Os industriais observaram um aumento no otimismo em meio às esperanças de estabilização nas condições econômicas globais, investimentos e melhorias nos processos produtivos.
Em contraponto, as expectativas dos prestadores de serviços atingiram o menor nível desde julho, espelhando preocupações com despesas menores dos consumidores e persistência das incertezas econômicas.
Novamente, os EUA mostram um nível de atividade econômica robusto apesar da deterioração do cenário. De todo modo, para os próximos meses mantemos as perspectivas de desaceleração, resultante dos juros recordes, redução da poupança da população e do crescimento do crédito privado, e em linha com os demais indicadores macroeconômicos.
Além disso, reiteramos que o desempenho industrial tende a seguir como ponto negativo, visto que é mais dependente dos juros.