CDS: O que são os Credit Default Swaps e porque estressaram investidores do Deutsche Bank

As ações do Deutsche Bank, maior banco da Alemanha, despencaram 8,5% na sessão da última sexta-feira (24), mantendo o setor bancário global nos holofotes. O movimento se deu após o Credit Default Swap (CDS) da instituição alemã bater a máxima em quatro anos, encostando em 200 pontos.

Os CDS, ou “swaps de inadimplência”, são contratos derivativos que funcionam como seguros contra o risco de calote em empréstimos, títulos ou outros tipos de dívida. Esses instrumentos financeiros foram desenvolvidos na década de 1990 e se tornaram populares desde então.

Como os CDS atuam como seguros contra o risco de calote em dívidas

Os CDS funcionam da seguinte maneira: uma instituição financeira vende um CDS para um investidor, que paga uma taxa para a instituição financeira em troca de proteção contra o risco de inadimplência de uma determinada dívida.

Se o emissor da dívida ficar inadimplente, a instituição financeira que vendeu o CDS é responsável por pagar ao investidor o valor acordado.

Os CDS são costumeiramente utilizados no mercado para gerenciamento de risco de crédito, permitindo que os investidores se protejam contra a inadimplência de uma dívida específica.

No entanto, também há preocupações com a utilização dos CDS, especialmente em casos de especulação e manipulação de mercado.

A controvérsia em torno dos CDS e seu papel na crise financeira global de 2008

Em 2008, os CDS foram alvo de críticas durante a crise financeira global. Muitos investidores compraram CDS relacionados a títulos de dívida hipotecária, que acabaram sendo considerados inadimplentes.

Como resultado, as instituições financeiras que venderam os CDS tiveram que pagar grandes quantias de dinheiro para os investidores, levando a perdas significativas e contribuindo para a crise financeira.

Desde então, houve regulamentações mais rigorosas em relação aos CDS. No entanto, ainda há controvérsias em relação a esses instrumentos financeiros, incluindo argumentações sobre possíveis usos dos títulos para manipular mercados ou para apostas excessivas em dívidas de alto risco.

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