A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) acontece na semana que vem, nos dias 1 e 2 de agosto – quando a nova taxa básica de juros do Brasil será anunciada.
Apesar de ainda não ser certo, a maioria do mercado financeiro aposta num corte de 0,25 p.p. na Selic, o que já vem sendo precificado de acordo com o diretor de investimentos da Nomos, Beto Saadia.
“Não à toa o real se valorizou, a bolsa subiu e também os juros futuros caíram e caíram muito”, explica ele sobre os recentes movimentos do mercado interno.
Após dois anos de sucesso da renda fixa em detrimento da bolsa de valores, um iminente ciclo de afrouxamento monetário traz a muitos investidores dúvidas sobre para onde correr.
Nesse contexto, surge a opção de investir nos títulos prefixados – afinal, eles teoricamente garantiriam para os anos à frente o atual rendimento de dois dígitos proporcionado pela taxa Selic. Acontece que nem tudo que reluz é ouro.
Afinal, é hora dos prefixados?
Para Beto, a resposta é simples: não. Segundo ele, estes títulos não oscilam ou rendem de acordo com a Selic do Banco Central (Bacen) e sim acompanham a taxa de juros futuros negociada no mercado.
Essa taxa, por sua vez, já vem caindo há mais de dois meses, uma vez que ela antecipa os cortes na Selic. “Quem investiu em prefixado há dois meses atrás, esse sim ganhou dinheiro e surfou nessa onda de expectativa de corte da Selic”, explicou.
Como investir no Tesouro?
Os títulos do Tesouro são tradicionalmente classificados entre prefixados, indexados à inflação e os pós-fixados, lembra Beto.
Para o investidor com objetivo no curtíssimo prazo, o ideal seria o pós-fixado.
Para investimentos de longo prazo, o mais adequado seriam os títulos indexados à inflação – também conhecidos como NTN-B ou IPCA+ .
Já os prefixados seriam ideais para o especulador. “É para aquela pessoa que acredita que a taxa de juros vai cair para além do que o mercado está esperando”, afirmou, “este prefixado pra mim tem um caráter sempre especulativo”.
