A taxa de desemprego brasileira recuou para 7,1% no trimestre encerrado em maio, uma redução considerável em relação aos 7,5% registrados no trimestre móvel imediatamente anterior. Essa é a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em maio desde 2014.
Em relação ao trimestre anterior (encerrado em fevereiro), a população desocupada diminuiu em 8,8% e foi a 7,8 milhões, enquanto a população ocupada cresceu 1,1% e foi a 101,3 milhões, um novo recorde da série histórica. O nível da ocupação foi de 57,6%, crescendo 0,5 p.p. em relação aos três meses anteriores.
No mais, a taxa composta de subutilização foi de 16,8%, recuando 1 p.p. no trimestre e atingindo o menor patamar para um trimestre encerrado em maio desde 2014. A população subutilizada caiu 5,9% entre trimestres e totaliza 19,4 milhões de pessoas, mínima desde o trimestre encerrado em janeiro de 2016. Já a população desalentada (3,3 milhões) chegou ao menor contingente desde o trimestre encerrado em junho de 2016.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada chegou a 38,326 milhões, novo recorde da série histórica. Ao mesmo tempo, o número de empregados sem carteira assinada foi a 13,7 milhões, também novo recorde da série histórica. A taxa de informalidade foi de 38,6%, recuando marginalmente em relação ao trimestre móvel anterior.
Por fim, o rendimento real habitual não teve variação significante e ficou em R$ 3.181. Já a massa de rendimento real habitual cresceu 2,2% na comparação trimestral e renovou mais uma vez o recorde da série histórica ao registrar R$ 317,9 bilhões.
O desemprego voltou a cair nos dois últimos resultados após um efeito sazonal de início de ano, mantendo a tendência positiva para o mercado de trabalho nacional e reiterando o momento de recuperação mais forte da economia.
Nesse sentido, continuamos com perspectivas positivas para o mercado de trabalho brasileiro, fato que deve continuar exercendo pressão sobre a inflação e colabora para manter o Copom mais cauteloso em relação à condução da política monetária.
De modo geral, apesar da inflação ser alavancada pelo mercado de trabalho robusto, seguimos com expectativa de IPCA dentro do intervalo da meta ao final de 2024 e cenário favorável para empresas cíclicas.