É oficial, o governo Biden é um desastre na política externa e na economia: 2023 tem pouco mais de 70 dias e já temos dois bancos falidos!

DISCLAIMER: o texto a seguir trata apenas da opinião do autor e não necessariamente reflete a opinião institucional da Nomos Investimentos ou do TradeNews.

Putin segue escalando o conflito na Europa, a Coreia do Norte segue lançando mísseis balísticos com potencial nuclear, e a China continua a expandir sua área de influência apostando na fraqueza do presidente americano.

Até o Brasil, um pária internacional, se sentiu confortável em receber navios de guerra iranianos em seus portos, afrontando os americanos, que, sem liderança, se limitaram a um chilique juvenil sem expressividade.

2023 tem pouco mais de 70 dias e dois bancos americanos já foram fechados e tomados pelos reguladores: o Silicon Valley Bank na sexta-feira e o Signature Bank de NY no domingo.

Teremos um novo 2008, ou esses são casos pontuais?

Resumidamente, a quebra do Silicon Valley Bank (SVB) ocorreu devido ao banco ter optado pela compra de grandes quantidades de títulos do governo (bonds) com vencimentos muito longos, que naturalmente tinham um rendimento maior, porém carregavam o risco de serem muito desvalorizados caso os juros subissem muito.

Com a forte alta de juros nos EUA, o banco observou uma enorme queda no valor presente desses títulos, mas fingiu que nada estava acontecendo, já que isso não estava aparecendo nos resultados ou no seu balanço.

Tem gente que acredita que só fica doente se for ao médico. A lógica é simples: se você não for, não vai saber que está doente, e se não souber, continua a tocar a vida como se nada estivesse acontecendo…

Mas, como diz Ayn Rand, você até pode ignorar a realidade, só não pode ignorar os efeitos de ter ignorado a realidade!

E, como a realidade sempre se impõe, recentemente, com o aumento dos questionamentos a respeito de sua saúde financeira e uma corrida por saques por muitos clientes, o SVB se viu obrigado a vender parte dessa carteira de longo prazo para recompor seu capital, tendo que se desfazer dos ativos com um grande desconto em relação ao valor que estava marcado oficialmente em seu balanço, a famosa marcação à mercado!

Isso gerou um efeito manada, quando os clientes correm desesperadamente para sacar seus depósitos o mais rápido possível.

Essa corrida foi acelerada pelo mundo digital, onde as transações são feitas via celular ou computador, sem a necessidade dos clientes irem até a agência.

A corrida ao SVB forçou o Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) – Fundo Garantidor americano – a assumir o controle do banco na sexta-feira.

Já o Signature Bank de NY, também tomado pelos reguladores, foi muito usado pelo ecossistema crypto, e a notícia pegou muitos de surpresa. As ações do Signature caíram 22% na sexta-feira, indicando que os investidores já estavam preocupados com o banco.

As comparações com a crise de 2008 são naturais, mas, ao menos por enquanto, são apenas similaridades e não há nada que indique uma crise sistêmica.

No entanto, manter uma alocação defensiva nas carteiras ainda é bastante apropriado, já que o sentimento de aversão ao risco deve continuar por muito tempo.

Muito dessa aversão é nutrida pela falta de lideranças globais críveis e alinhadas a bons princípios e valores, e sem confiança os negócios não avançam.

O ocidente hoje é um navio desgovernado e todos parecem estar no modo “Salve-se quem puder”.

O poder não aceita vácuo e na ausência dessas lideranças, novos Putins se sentem confortáveis para emergir e virar o mundo ao avesso da mesma forma que bancos, empresas e até pessoas comuns se sentem confortáveis para cometerem irregularidades à luz do dia.

Quando os líderes perdem a vergonha e a credibilidade, os liderados perdem o respeito.

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