Na prévia de setembro, o PMI Composto da Zona do Euro teve leve alta de 0,4 ponto e foi a 47,1, máxima de 2 meses. A alta resulta da contração marginal do PMI Industrial para 43,4 e do avanço de 0,5 ponto do PMI de Serviços, que foi a 48,4, também máxima de 2 meses.
Apesar das altas, os PMIs ainda contraem em um ritmo considerável, e a indústria segue em retração acelerada.
Pelo segundo mês consecutivo, foram registradas quedas na produção tanto da indústria como dos serviços. A redução da produção na indústria ficou inalterada em relação ao resultado de agosto, enquanto a produção dos serviços teve uma queda mais leve do que no mês anterior.
A principal causa para a nova diminuição da atividade foi novamente a deterioração da demanda, que culminou na quarta queda consecutiva dos novos pedidos e em um ritmo mais acelerado desde novembro de 2020.
Os novos pedidos de exportação recuaram em velocidade mais acelerada do que os novos negócios internos. Apesar da queda dos novos pedidos, o emprego cresceu marginalmente no período, mas na segunda menor taxa dos últimos 32 meses.
Enquanto a indústria teve novas demissões, o setor de serviços aumentou um pouco o número de contratações.
Já na frente dos preços, os custos de insumos cresceram no ritmo mais rápido dos últimos 4 meses, influenciados pelo setor de serviços, que relatou preços mais altos em meio aos salários elevados e custo crescente dos combustíveis.
A indústria, por outro lado, registrou a sétima queda seguida nos preços. Apesar do custo de insumos mais alto, a demanda enfraquecida levou a
aumentos menores nos preços de venda.
Por último, a confiança para os próximos 12 meses também piorou e atingiu a mínima desde novembro do ano passado.
Como fica visível, as economias europeias continuam em uma tendência de desaceleração que deve culminar em uma recessão no início de 2024, com a indústria se destacando negativamente já que sente mais os impactos da taxa de juros alta, deterioração das condições de crédito e demanda e
lentidão na China.
Finalmente, tendo em vista que o BCE voltou a subir juros para conter as pressões inflacionárias, entendemos que o bloco deve acelerar seu ritmo de contração nos próximos meses e a indústria tende a continuar liderando o caminho para uma recessão.