A taxa de inflação aos consumidores da China apresentou alta de 0,3 em janeiro, ante dezembro, segundo mês consecutivo de alta e maior desde agosto do ano passado.
Por outro lado, a taxa anual recuou pela quarta vez seguida, maior sequência de quedas desde outubro de 2009 e chegou a 0,8%, mínima de 14 anos. O núcleo da inflação teve alta de 0,4% em janeiro, a alta mais leve desde junho de 2023.
No período, o preço dos alimentos caiu em velocidade recorde (-5,9% x -3,7% em dezembro) à medida que os preços de todos componentes recuaram.
Simultaneamente, a inflação não alimentar também perdeu ritmo (0,4%x 0,5%), resultado da queda mais rápida nos preços dos transportes (-2,4% x -2,2%) e desacelerações nos preços da saúde (1,3% x 1,4%) e da educação (1,3% x 1,8%), que foram parcialmente compensadas pelo preço mais alto do vestuário (1,6% x 1,4%) e estabilidade na habitação (0,3%).
A deflação recorde aos consumidores retrata bem o momento delicado e decepcionante que a China
atravessa ao longo dos últimos 12 meses.
Dito isso, como o cenário global não é favorável, mantemos a visão de que sem mais pacotes de estímulo fiscal o país deve continuar enfrentando bastante dificuldade ao longo de 2024 em função da crise do setor imobiliário e demanda interna deprimida, conjuntura que prejudica empresas e teses mais dependentes do desempenho chinês.