A taxa de inflação mensal de junho das economias da Zona do Euro deve ser de 0,2% de acordo com dados da prévia, mesma variação registrada em maio. Por outro lado, o índice acumulado deve apresentar redução marginal de 2,6% para 2,5%. Já o núcleo do índice tende a apresentar variações de 0,3% entre meses e ficar estagnado em 2,9% no acumulado em 12 meses, ainda refletindo a persistência dos preços altos no continente.
No mês, espera-se que os serviços (0,6%) sejam o item de maior variação e impacto, mantendo o comportamento observado nos últimos meses e reiterando a força do setor terciário. Além disso, os alimentos (0,2%) também devem apresentar aumento, enquanto os bens industriais não energéticos (-0,1%) e a energia (-0,8%) serão os detratores.
Na comparação anual, os serviços mantiveram a variação de 4,1%, seguidos alimentos (2,5%), bens industriais não energéticos (0,7%) e energia (0,2%). Os serviços continuam como o principal fator de pressão inflacionária nas economias europeias e essa tendência deve se manter nos próximos meses, visto que o mercado de trabalho segue forte e o BCE deu início ao ciclo de cortes de juros, algo que tende a acelerar a atividade econômica e prejudicar o processo desinflacionário, podendo levar a autoridade monetária europeia a reconsiderar sua trajetória de política monetária.
Dito isso, entendemos que a inflação europeia deve retornar à meta apenas em 2025 e há alta probabilidade de pausa no ciclo expansionista do BCE.