O analista fundamentalista Max Bohm e o analista técnico João Tonello mostraram suas visões sobre o desempenho de MRVE3, ORVR3, SANB11, FIQE3, BBAS3 e JBSS3 na live do Ação e Reação desta semana, realizada na última segunda-feira (09).
MRV [MRVE3]
Call de compra
Um ativo bastante volátil e que vem sofrendo com a recente abertura na curva dos juros, indica Max.
“Mas é um papel que negocia a 0,7x preço por valor patrimonial e deve divulgar dados operacionais […] bons”, contrapôs o analista.
A ação cai mais de 10% no mês, o que Max considera ser um movimento exagerado, já que a empresa atua no segmento de baixa renda, com sua principal operação tendo juros subsidiados pelo Minha Casa Minha Vida.
“Para mim, é uma bela compra.”
Tonello explica que MRVE3 tenta realizar um movimento “interessante” de repique em cima de uma longa região de suporte. O analista indica uma compra sólida a partir de um fechamento semanal acima de R$ 10,60.
Por outro lado, ele também enxerga que o gráfico diário entrega uma boa oportunidade de compra, com stop nos R$ 8,54, esperando que o ativo realize um movimento de repique.
Banco do Brasil [BBAS3]
Call de compra
“É o banco mais barato em termos de múltiplos da bolsa brasileira”, declara Max. Segundo o especialista, o patrimônio líquido e o lucro da companhia seguem subindo, além de oferecer um yield acima de 10%.
Com todos os fatores positivos no lado fundamentalista, Max enxerga oportunidades de compra no ativo.
Tonello afirma que a ação mostra força de rompimento para cima e que vê com “bons olhos” uma compra ou uma continuidade na operação, para quem já está comprado.
Santander [SANB11]
Esperar momento
O Itaú BBA elevou a recomendação para as units do banco de venda para neutra, o que rendeu ganhos para o ativo na semana passada. SANB11 negocia a 1,2x P/VP e com 6% de yield.
Caso o banco apresente bons resultados referentes ao terceiro trimestre deste ano, o analista enxerga a possibilidade dos papéis subirem, mas não recomenda investir no ativo até que o balanço seja divulgado.
Por outro lado, Tonello vê o ativo com “bons olhos” no lado técnico. Houveram boas movimentações de repique por parte das units de Santander, indica, com um volume de compras que ele classifica como “atípico”.
Entretanto, ele aponta que o risco desta operação seria muito alto, preferindo ficar de fora, no momento.
Unifique [FIQE3]
Esperar momento
É uma empresa de banda larga com raízes no Sul do Brasil, negociando a 3,6x EV/Ebitda, destaca Max. Além disso, a empresa anunciou um acordo com um escritório de agente autônomo a fim de usar sua base para vender serviços de banda larga.
Para Max, a companhia ainda precisa provar que esta decisão trará resultados positivos. No entanto, por ser mais barata que os pares do setor, o analista enxerga uma boa compra por fundamento na empresa.
“FIQE3 acabou de perder uma movimentação de LTA, que seria uma linha de tendência de alta e no longo prazo vem para baixo”, inicia Tonello. Para o especialista, somente um fechamento semanal acima de R$ 3,90 abriria espaço para novas compras.
JBS [JBSS3]
Esperar momento
Papel alavancado, negociando a 7x EV/Ebitda, diz Max. O analista também confessa não ser fã do setor de frigoríficos. “Eu não teria, por fundamento.”
Já Tonello mostra que alguns movimentos do preço do boi trazem os holofotes ao ativo. Segundo o especialista, caso a ação faça um fechamento semanal acima de R$ 19,00, levaria a um movimento de repique.
Orizon [ORVR3]
Não é compra no momento
A empresa gerencia aterros sanitários e está expandindo seus negócios, promovendo uma nova fonte de receita ligada ao gás produzido pelo lixo, explica Max.
Negocia 9x EV/Ebitda, mas, ao considerar os novos projetos da empresa, o analista projeta o mesmo indicador em 5x em 2025.
“Eu gosto de Orizon, […], acho que é uma operação mais de médio e longo prazo, mas para mim, por fundamento, é compra.”
No lado gráfico, o ativo está em lateralização, sinaliza Tonello, sem forças para romper topos e o suporte nos R$ 34,70. “[Não há] nada para fazer; nem compra e nem venda”, finaliza.