O Índice de Clima de Negócios alemão medido pelo Ifo perdeu 1,7 ponto em agosto e foi a 85,7, confirmando o quarto mês seguido de queda e a mínima de 10 meses. A queda é consequência da queda de 2,4 pontos na Avaliação da Situação Atual, que foi a 89, e do recuo de 1 ponto nas Expectativas dos Negócios, que caíram para 82,6.
Todos os índices ficaram abaixo das expectativas do mercado.
Na indústria, o Índice de Clima de Negócios caiu e entrou em território negativo pela primeira vez desde agosto de 2020 em meio à insatisfação das companhias com o momento atual causada principalmente pela redução no número de pedidos. As expectativas dos produtores permaneceram
fortemente pessimistas.
No setor de serviços, o Clima de Negócios desacelerou notavelmente. Os prestadores de serviços estão claramente mais insatisfeitos com o momento atual e esperam mais deterioração nos próximos meses.
No comércio, o Clima de Negócios também caiu à medida que as empresas avaliam a condição atual como bem mais negativa e tem expectativas menos otimistas para os próximos 12 meses.
Por último, na construção, o Índice de Clima de Negócios continua em queda livre, com companhias refletindo uma ampla insatisfação com o presente e o pessimismo se espalhando.
A deterioração econômica da principal potência europeia continua prejudicando a moral dos negócios do país, especialmente da indústria, que é o setor mais importante da Alemanha.
Tendo em mente que as pressões inflacionárias seguem elevadas no país e os juros permanecerão no topo da curva por mais tempo, esperamos mais desaceleração da atividade econômica e diminuição dos índices de sentimento, refletindo o pessimismo e o mau momento.