A segunda prévia do PIB americano mostrou crescimento de 2,1% no 2T23, menor do que os 2,4% registrados anteriormente.
A revisão trouxe números menores para o investimento privado em estoque e investimento fixo não residencial, que foram parcialmente compensados por gastos maiores dos governos locais e estaduais.
O crescimento do 2T23 foi causado por avanços nas despesas com consumo, investimento fixo não residencial, gastos dos governos locais, estaduais e federal, que foram parcialmente compensados por quedas nas exportações, investimento fixo residencial e investimento privado em estoque.
As importações, que impactam negativamente o resultado, recuaram no período. Apesar da leve queda, o resultado demonstra o ritmo de crescimento sólido da economia americana, que segue amparada pelo mercado de trabalho em pleno emprego mesmo com as taxas de juros na máxima de mais de 20 anos.
Ao mesmo tempo, reiteramos que há desaceleração nas despesas dos consumidores no período e no aumento da renda, potencialmente sinalizando uma exaustão já esperada e em linha com os PMIs mais recentes, caracterizando o cenário de “soft landing”.
Por último, a revisão do PIB e os indicadores mais recentes podem contribuir para o FED manter as taxas de juros estáveis na reunião de setembro, mas ainda vemos bastante incerteza na decisão do próximo mês.