Proof of Work (PoW) e Proof of Stake (PoS): no que consiste a Fusão do Ethereum (ETH)?

O Ethereum (ETH) aparece com um dos principais temas na comunidade cripto e não é á toa. Acontecimentos como o Tornado Cash e testes para a nova atualização influenciaram no desempenho do Ether durante essa semana, forçando alta de 1% nesta sexta-feira (12).

Vale ressaltar que o impacto da Fusão, prevista para o mês de setembro, causou efeitos positivos, e os gráficos do CoinMarketCap mostram isso. Em uma análise de sete dias, o Ether registrou alta de 14%. Atualmente, o ativo é cotado a R$ 9 mil. Mas o que exatamente irá acontecer quando a Fusão finalmente chegar?

Antes de qualquer introdução direta sobre o tema, vale lembrar que todas as transações efetuadas no universo dos criptoativos são validadas no livro-razão chamado blockchain.

O meio das  moedas digitais é recheado de termos técnicos, e é comum que alguns passem despercebidos no quesito de compreensão. Um deles é o Proof of Stake (PoS). O PoS está em alta nas últimas semanas, muito pela adesão do procedimento pelo Ethereum (ETH).

Dessa forma, um determinado mecanismo precisa ser executado para alimentar grandes números de transações simultâneas, e é aqui que entra a mineração. Ela serve para validar as informações que serão armazenadas nesse conceito de blockchain. O PoW e PoS entram em jogo de forma a serem usados como sistema base de confirmação para os mineradores de uma determinada criptomoeda.

Proof of Work

O primeiro a surgir, e originado pelo Bitcoin (BTC) é o Proof of Work (PoW) processo de consenso criptográfico. Mineração e PoW são conceitos conectados. A rede precisa de muito poder de computação, razão pela qual é apelidada de “prova de trabalho”.

Ao competir para ser o primeiro a resolver um quebra-cabeça matemático, mineradores virtuais de todo o mundo protegem e verificam blockchains de prova de trabalho. A rede recompensa o vencedor com uma quantidade predeterminada de criptomoeda e permite que eles atualizem o blockchain com as transações verificadas mais recentes.

Uma forma mais simples de compreender esse processo é pensar que, para cada transação de Bitcoin, por exemplo, é preciso de um minerador e a forma que isso tenha o selo de autenticidade é através do PoW.

Proof of Stake

Já o PoS tem o mesmo conceito, mas uma forma diferente de validação desse processo. À medida que os protocolos de finanças descentralizadas (DeFi) movidos na rede Ethereum cresceram, e seria difícil a blockchain acompanhar.

Com esse problema no Ethereum, o processo tem como principal objetivo assegurar que não haja gasto duplo, usando o sistema de validação das criptomoedas que já estão armazenadas em uma espécie de cofre. Essa é a garantia de que os forjadores irão concluir a produção dos blocos.

Fusão, a atualização na rede Ethereum

O Ethereum se aproxima de uma nova atualização, que consiste na migração do PoW para o PoS, mas isso tem gerado conflitos dentro da comunidade da rede.

“A atualização da rede Ethereum vem de uma necessidade básica da rede em aumentar seu poder de escalabilidade, uma vez que já foi colocado à prova que a rede não suporta o número de transações atuais. O movimento já está em sua fase final, apesar de não agradar a todos ele irá acontecer até setembro”, disse o especialista  da BRA BS\ Investimentos Gabriel Fioravante.

Questionado quanto a reação do mercado cripto com uma importante mudança, Fioravante seguiu com uma visão positiva.

“O mercado já tem precificado bastante à medida que a ETH passa seus testes nas redes, a alta vem sendo bem considerável e pela primeira vez na história os derivativos de ETH ultrapassaram o BTC, mostrando um interesse muito grande dos especuladores no mercado de opções. Eu particularmente acredito em um aumento da volatilidade à medida que o preço sobe, justamente pela liquidação das operações em opções”, afirmou Fioravante.